Tubos de aço estruturais na construção dos estádios da Copa
  • Avenida Amadeu Poli, 60 - Parque Novo Mundo - São Paulo - SP
  • vendas@tubonasa.com.br

Notícias / Tubos de aço estruturais na construção dos estádios da Copa 2014

Tubos de aço estruturais na construção dos estádios da Copa 2014
Em 2014, após 64 anos, o Brasil sediará mais uma vez um dos maiores eventos esportivos do planeta, a Copa do Mundo. Desde o fatídico 16 de julho de 1950 quando o Maracanã silenciou com a inesperada vitória uruguaia por 2xl, o País do futebol ansiava por ser de novo seu anfitrião e estar na final para apagar definitivamente da memória a perda de um campeonato mundial em casa. Se a final dos sonhos acontecerá, só o tempo nos dirá. O certo é que a Copa do Mundo será aqui. Em meio a algumas polêmicas e críticas, os preparativos já começaram e estão movimentando todos os setores que direta ou indiretamente participarão das obras de infraestrutura que não são poucas. Vão desde a construção e reforma de estádios, aeroportos, rodovias passando pela urbanização de cidades. Ao todo o evento movimentará R$ 142,39 bilhões adicionais no período 2010-2014, gerando 3,63 milhões de empregos por ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a população, com efeitos multiplicadores em toda a economia, segundo os especialistas. Por hora, focaremos os estádios, os palcos por onde as seleções de vários países tentarão apresentar o melhor futebol. Ao todo serão 12, localizados em 12 cidades-sedes. Seis deles passarão por grandes reformas e seis serão reconstruídos ou construí dos do zero. Será que os tubos estruturais marcarão presença assim como ocorreu nas últimas edições do campeonato, na Alemanha e na África do Sul? O setor sofrerá forte impacto com esta grande festa? É o que veremos a seguir. Dentre as muitas aplicações dos tubos estruturais, a em estádios de futebol já é bastante utilizada nos Estados Unidos e Europa, pois suas características se encaixam ao perfil dessas construções. O uso dos tubos permite modelos estruturais mais leves com menor quantidade de peças e menor exposição superficial a intempéries que outros modelos, sendo apropriados para projetos com grandes vãos, superiores a 30, 50, 100 metros ou mais, como é o caso das coberturas das arenas esportivas. Bons exemplos do uso inovador dos elementos estruturais dentro do universo futebolístico são o AIIianz Arena e o Estádio Olímpico de Berlim que protagonizaram a abertura e o encerramento da Copa da Alemanha, em 2006. O Soccer City, principal estádio da última Copa, na África do Sul, também é referência, recebeu uma área de 71.000 metros quadrados de cobertura metálica. Pela plasticidade dessas construções fica claro que o design moderno e arrojado é outra vantagem das estruturas tubulares assim como o menor prazo de construção, elevada resistência, baixo peso e facilidade de montagem. Podem ainda ser utilizadas como estruturas mistas, nas quais os tubos são preenchidos com concreto para oferecerem uma resistência adicional a esforços de compressão e melhor proteção contra fogo. As características geométricas de suas seções, os perfis tubulares (circulares, quadrados ou retangulares), também oferecem vantagens no comportamento estrutural, beneficiando principalmente a estética. Os benefícios das estruturas metálicas em arenas esportivas também podem ser verificados em solo brasileiro, por meio do Estádio Olímpico Municipal João Havelange, no Rio de Janeiro, mais conhecido como Engenhão, sede principal dos Jogos Pan-Americanos 2007. A construção do estádio reuniu inovação tecnológica, criatividade e modernas técnicas de engenharia, representando uma das mais avançadas estruturas já projetadas no Brasil. A Meincol voestalpine foi a empresa responsável pelo fornecimento dos tubos utilizados na cobertura metálica circular, sustentada por quatro grandes arcos tubulares de aço carbono com dois metros de diâmetro. A estrutura é composta de tubos de aço carbono de três a oito polegadas e espessuras de até oito milímetros, produzidos em aço patinável de alta resistência. Para Silas Cláudio Mori Fernandes, superintendente de Tubos Estruturais da V &M do Brasil, o tubo sem costura é o produto mais adequado para coberturas dos estádios de futebol, pois sua alta performance garante integridade e eficiência aos modelos estruturais desse tipo de construção e, sobretudo, permite alinhamento estético com as necessidades dos mais arrojados projetos arquitetônicos, além de reduzir o custo da obra. É bom lembrar que a Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) estabeleceu alguns requisitos socioambientais para a construção dos estádios como rapidez, limpeza e redução dos canteiros de obras, qualidade de acabamentos, flexibilidade e beleza arquitetônica, além dos chamados Green Goals, um programa para a redução das emissões de C02 em seus eventos com foco em quatro pontos: água, resíduos, energia e transporte. Essa atenção com a sustentabiidade abre caminho, segundo Fernandes, para o aço, material 100% reciclável e consequentemente, também, para os tubos estruturais. Não é à toa que o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) e o Instituto Aço Brasil (IABr) lançaram no final do ano assado de 2009 um programa de incentivo à construção em aço para Copa de 2014, denominado "Aço: :Construindo a Copa 2014", voltado às construtoras e escritórios de arquitetura e engenharia, além de representantes de entidades do setor e do poder público envolvidos na organização do evento. A iniciativa, de acordo com Catia Mac Cord, gerente executiva do CBCA, prevê uma série de ações com objetivo de apresentar as potencialidades e benefícios da construção em aço, como velocidade construtiva, flexibilidade e sustentabilidade, para atender às mais diferentes obras previstas nos preparativos para a Copa do Mundo. A expectativa é que os investimentos em construção civil destinados ao evento representem um impacto positivo sobre o consumo per capita de produtos siderúrgicos no Brasil, de 127 kg/habitante, em 2008 (aumento de 7,6% sobre 2007), mas bem abaixo de países como México (148 kg/habitante) e China (332 kg/habitante). Catia lembra que países como Alemanha, China e África do Sul se valeram de grandes eventos esportivos para modernizarem suas cidades, o que significou demanda adicional de aço de 3 a 5 milhões de toneladas. Para a gerente da entidade, em qualquer critério de cálculo utilizado para se estimar a demanda - steel intensity ou a experiência de outros países -, pode-se afirmar que a indústria do aço no Brasil está plenamente capacitada a atender as necessidades das grandes obras da Copa do Mundo. Dos 12 estádios brasileiros que sediarão jogos do campeonato mundial de futebol, em pelo menos sete deles (Cástelão, Fortaleza/CE; Arena Cuiabá, Cuiabá/MT; Arena da Baixada, Curitiba/PR; Arena Salvador, Salvador/BA; Arena das Dunas, Natal/RN; Estádio Nacional, Brasília/DF; e Estádio Beira-Rio, Porto Alegre/RS), segundo Fábio Domingos Pannoni, consultor-técnico da Gerdau Aços Longos Brasil, estão previstas a utilização de estruturas metálicas, especialmente em suas coberturas. Isso significa que a maior parte dessas arenas contará com o aço, exposto, como elemento estrutural. Essa observação feita no artigo "Cobertura Metálica: Solução para a Copa 2014 sustentável", enfatiza que a maior parte dessas arenas contará com o aço, exposto, como elemento estrutural. Essa opção, definida em virtude das vantagens técnicas, econômicas e de sustentabilidade, proporcionadas pelo material, podem ser ampliadas. Para isso, arquitetos, engenheiros de projetos, construtores e responsáveis pelos consórcios que construirão essas arenas devem atentar para uma questão fundamental, conforme o consultor: como proteger tais estruturas, de forma também sustentável. Pois, conforme explicam, é fato conhecido que o aço desprotegido sofre lenta e contínua deterioração quando exposto às atmosferas úmidas. "O fenômeno é conhecido como corrosão atmosférica. Assim, para que se possa extrair todo o beneficio proporcionado pela construção metálica, deve-se protegê-Io das intempéries de modo adequado. As formas mais empregadas são a pintura e a galvanização a quente, seguida ou não de pintura". Para isso, o ponto de partida, de acordo com Pannoni, é o reconhecimento da agressividade do ambiente onde a estrutura será disposta e a principal referência para essa qualificação é dada pela norma ISO 12944-2, na qual os ambientes atmosféricos são divididos em seis categorias de agressividade: C I - muito baixa agressividade; C2 - baixa agressividade; C3 - média agressividade; C4 - alta agressividade; C5-I - muito alta agressividade, industrial; C5-M - muito alta agressividade, marinho. "Um ambiente industrial agressivo exige um sistema de proteção mais robusto do que aquele exigido para um ambiente rural, seco. Desse modo, cada caso precisa ser avaliado especificamente", enfatizam e também advertem que o responsável pela escolha do sistema de proteção, seja pintura, galvanização ou duplex, deverá responder algumas questões básicas, tais como: . Quais são os custos iniciais e de manutenção do sistema de proteção, ao longo da Vida Útil de Projeto (VUP)? . Qual é o grau de agressividade do sistema de proteção escolhido ao ambiente e à própria sociedade, durante a aplicação inicial e por toda a manutenção futura da estrutura? Os estádios por seus idealizadores Para explicar alguns dos projetos dos estádios da Copa de 2014, seja de construção, seja de reforma, nada melhor que seus idealizadores, como é o caso do escritório Vou Gerkam, Marg Und Partners (GMP) que pro-jetou o novo Vivaldão e integra a equipe responsável pelas reformas do Mineirão e do Mané Garrincha. Para o Mineirão o projeto desenvolvido é baseado no respeito profundo ao estádio histórico, localizado em Belo Horizonte. Adições funcionais e espaciais serão introduzi das na estrutura, no entanto, os elementos da fachada exterior serão preservados. O projeto desenvolvido com a colaboração do também alemão Schlaich, Bergermann und Partners (SBP) e com o arquiteto Gustavo Penna inclui uma cobertura leve integrada por cabos e uma grande superfície com células fotovoltaicas. Já o conceito para a arena de Manaus foi inspirado no cenário natural da Floresta Amazônica. O estádio terá 45 mil assentos e o projeto da cobertura procura combinar eficiência e economia por meio de treliças de aço em balanço, com a vantagem de um sistema de revestimento inteligente, proporcionando resfriamento e ventilação natural no clima quente da cidade. O Estádio Nacional de Brasília foi projetado pelo Escritório Castro Mello, em 1972, e como é tombado, as alterações só poderiam ser feitas pelos seus autores. Sendo assim, o arquiteto Eduardo Castro Mello explica que o projeto para 2014 propõe uma reforma no espaço com adaptações e modernizações para adequá-Io às normas e requerimentos específicos da Fifa. Para maior conforto a cobertura abrangerá todos os locais de público. Ela foi projetada pelo escritório GMP e será estruturada sobre dois anéis metálicos concêntricos que trabalharão sob pressão. A parte externa será apoiada em uma linha de pilares independentes, enquanto o anel interno estará tensionado pela própria membrana de fechamento, que será feita de PTFE (teflon). A previsão é que o campo receba uma cobertura retrátil, com sistema de cabos de aço deslizantes. Os responsáveis pelo escritório também destacam que, ao se tratar da criação de grandes coberturas, o uso do aço é mais do que evidente, pois é um material altamente eficiente e econômico com uma série de van-tagens em termos de velocidade de construção, possibilidades de pré-fabricação, além de ótimas proprieda-des estruturais e de sustentabilidade. Não por outra razão o aço tubular faz parte do projeto da estrutura da cobertura do Mineirão e do Mané Garrincha, em função das suas mais elementares propriedades estruturais, sendo utilizado principalmente para os elementos expostos à compressão, enquanto os cabos são utilizados para as peças tensionadas do sistema. Por sua vez, a construção da cobertura e da fachada do estádio de Manaus é em forma de caixa e seções ocas, proporcionando, por um lado uma referência poética à beleza natural da Floresta Amazônica e, por outro, uma estrutura de aço simples e limpa, interligada por vigas. Reportagem: Adriane do Vale Fotos: Paulo Romwm/My Zoom / GPM / Divulgação Publicado em Dezembro de 2010 Fonte: http://www.cbca-iabr.org.br/copa2014/noticias-ver.php?cod_noticia=697

VEJA TAMBÉM!

Avaliação de propriedades mecânicas de tubos de aço estrutural curvados

Avaliação de propriedades mecânicas de tubos de aço estrutural curvados

A utilização de estruturas tubulares em aço requer vários processos de fabricação...

Qual a chapa ideal para portão?

Qual a chapa ideal para portão?

O portão é considerado uma das partes principais de uma casa. Isso...

Tubos de aço redondos, onde eles não estão?

Tubos de aço redondos, onde eles não estão?

Confira matéria interessante sobre tubos de aço, postada em um portal de...

Cigás anuncia obras com tubos de aço em gasoduto

Cigás anuncia obras com tubos de aço em gasoduto

A Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) iniciará no dia 15 de...

FALE CONOSCO!